Quarenta e oito horas após denúncias de irregularidades na contratação pública conduzida pelo Instituto de Algodão e Oleaginosas de Moçambique (IAOM), o Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas decidiu suspender o concurso avaliado em cerca de 130 milhões de meticais.
Em causa está a adjudicação de um contrato para o desenvolvimento de uma plataforma digital à recém-criada Future Technologies of Mozambique, detida por Paulo Auade Júnior, filho do antigo governador de Tete. A escolha levantou suspeitas devido a vínculos societários com o ministro Roberto Mito Albino, através da empresa DonaWafica Investimentos.
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Apesar das acusações, o Ministério afirma que não houve interferência externa no processo, salientando que o IAOM possui autonomia administrativa e financeira. Ainda assim, ordenou que a Inspecção Geral averigue o caso, garantindo que todos os trâmites legais sejam respeitados.
O concurso, lançado em julho, contou também com propostas de empresas experientes como Vodacom Moçambique e Intellica, que apresentaram valores inferiores ao da vencedora.
Enquanto decorrem as investigações, todos os procedimentos relacionados ao concurso estão suspensos. O Ministério assegura que novos esclarecimentos serão comunicados oportunamente ao público.