A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique anunciou uma das maiores apreensões de bens dos últimos anos, envolvendo diversos tipos de propriedades em diferentes pontos do país.
Segundo o relatório apresentado esta terça-feira (06/08) em Maputo, durante uma conferência de imprensa conduzida por Inocêncio Impissa, porta-voz do Conselho de Ministros, foram confiscados:
2 hotéis, 21 escritórios e lojas, 17 residências e armazéns, 2 mesquitas, 1 escola, 1 clínica, 1 restaurante.
Os bens estão localizados nas cidades de Nampula e Nacala, na província de Nampula, bem como na capital do país, Maputo.
As apreensões fazem parte das atividades do Gabinete Central de Recuperação de Activos (GCRA) da PGR, em colaboração com o Gabinete de Gestão de Activos (GGA) do Ministério da Economia e Finanças.
O objetivo, segundo Impissa, é fortalecer a gestão de ativos confiscados e combater o enriquecimento ilícito, embora as autoridades tenham optado por não revelar, até ao momento, a identidade dos proprietários nem os valores envolvidos nas apreensões.
A medida insere-se no relatório anual da PGR referente à gestão de bens e ativos no ano de 2024 e reflete os esforços do Estado em atacar redes ligadas ao crime económico e à corrupção.
A operação levanta questões sobre quem são os verdadeiros donos dos imóveis e qual a ligação destes com atividades ilícitas, mas o silêncio oficial sobre esses detalhes sugere que as investigações ainda estão em curso.