ONU expõe abusos sexuais em Cabo Delgado e pede ação firme de Moçambique

 


As Nações Unidas lançaram um alerta grave sobre casos de exploração e abuso sexual em Cabo Delgado, envolvendo colaboradores da própria organização durante a prestação de ajuda humanitária.

O subsecretário-geral da ONU, Christian Saunders, revelou em Maputo que alguns membros da instituição têm se aproveitado da vulnerabilidade das comunidades afetadas pelo terrorismo e pela pobreza extrema.

“A maioria vem trabalhar com dedicação, mas há quem use a fragilidade das vítimas para cometer abusos”, disse Saunders.

O responsável destacou que o lema deve ser “não fazer mal enquanto se ajuda”, reforçando que a ONU precisa garantir apoio às vítimas e punição exemplar aos agressores.

⚖️ Falta de proteção legal e poder económico agravam crise

A ONU também apontou a fragilidade das leis moçambicanas e a dependência económica das mulheres como fatores que facilitam a impunidade. Segundo Saunders, a persistência do patriarcado e a ausência de mecanismos eficazes de denúncia deixam muitas vítimas em silêncio.

“Nós ainda vivemos em sociedades patriarcais. As mulheres precisam ocupar o seu lugar de direito para que esses abusos deixem de ser segredo”, reforçou.

🌍 Moçambique sob vigilância internacional

A ONU pretende partilhar experiências globais com Moçambique e fortalecer programas de saúde e proteção social, embora sem detalhes concretos anunciados. O alerta surge num momento em que o país enfrenta desafios de segurança e procura reforçar a sua posição no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Com Cabo Delgado devastado por anos de violência armada, a denúncia da ONU traz novas preocupações: além do terrorismo, agora o abuso sexual ameaça ainda mais a dignidade das comunidades locais.

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