O advogado do empresário moçambicano Zanil Satar solicitou ao Banco de Moçambique que reabra a investigação sobre a alegada conduta irregular do Banco Comercial e de Investimentos (BCI) no processo de aquisição do Grupo Taverna, pertencente ao português Nuno Pestana.
Segundo o requerimento assinado pelo escritório de Filipe Sitoe e dirigido ao governador Rogério Zandamela, a atuação do BCI terá induzido Satar e suas empresas a prejuízos superiores a um bilião de meticais, devido a promessas de apoio financeiro que não se concretizaram.
A defesa sublinha que o recente despacho de pronúncia do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, que decidiu levar a julgamento o BCI, a sua diretora central Paula Boca e o administrador George Mandawa, por burla agravada, reforça a necessidade de auditoria independente ao banco.
No documento, os advogados responsabilizam diretamente Paula Boca e George Mandawa pelas consequências económicas do negócio, classificando-o como “falho” e lesivo para Satar e as suas empresas.
Recorde-se que, na semana passada, o tribunal considerou existir matéria indiciária suficiente para julgamento, apesar das tentativas da defesa dos acusados de travar o processo alegando vícios na acusação.