Professores em Nampula acusados de abandonar aulas para servir à FRELIMO

 


Na Escola Básica de Lalaua Sede, província de Nampula, alguns professores, apontados como membros do partido FRELIMO, estão a ser acusados de abandonar as aulas para se dedicarem a atividades partidárias, comprometendo o Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA).

Segundo uma fonte que preferiu manter o anonimato, a ausência dos docentes intensificou-se desde o início das Avaliações Periódicas (AP). Os professores acusados raramente comparecem às salas de aula, justificando que estão ocupados com assuntos políticos.

A situação muda apenas durante visitas oficiais. “Quando o diretor provincial da Educação veio monitorar o ensino, todos estavam presentes, mas logo depois desapareceram”, denunciou a fonte. Entre os casos relatados está o de uma professora, também secretária distrital da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), que teria dado apenas três aulas desde o primeiro trimestre, apesar de lecionar duas turmas.

Ainda segundo a denúncia, há um movimento de outros docentes para retaliar, recusando-se a vigiar provas aplicadas por colegas ausentes. “Vamos controlar apenas a primeira parte das avaliações e depois sair”, disse um professor.

Em resposta, o secretário distrital da FRELIMO em Lalaua, Lino Rafael Robem, negou as acusações, afirmando que o partido não ocupa membros durante os dias úteis. “As nossas atividades decorrem apenas aos fins de semana. Essas denúncias são falsas e visam manchar a imagem do partido”, declarou.


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