O Tribunal Judicial da Cidade de Quelimane condenou o presidente do município, Manuel de Araújo, a dois anos de prisão por crime de desobediência. A pena, contudo, foi convertida em multa diária de 100 meticais durante todo o período, valor que será pago pela edilidade.
A decisão está relacionada ao incumprimento de uma ordem da Procuradoria Provincial da Zambézia que determinava a remoção de barracas móveis instaladas na Avenida Marginal. Segundo a acusação, as estruturas ocupavam ilegalmente o espaço público e representavam riscos à segurança dos cidadãos.
Após ouvir a sentença, Araújo admitiu a condenação, mas classificou o processo como “politizado”, argumentando que não havia ligação entre a decisão judicial e a realidade. O edil defendeu que as barracas eram geridas, na maioria, por mulheres desempregadas e viúvas, responsáveis pela preparação de pratos tradicionais, garantindo sustento a várias famílias.
Ele ainda destacou que a ordem da Procuradoria foi emitida num período de tensão social, marcado por manifestações pós-eleitorais no início do ano.
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Política e Sociedade