Geração "Sem Dívida" ao Passado Põe FRELIMO e RENAMO em Teste de Fogo


A última edição do jornal Evidências afirma que fez uma análise política, aponta para uma "bomba-relógio" demográfica da que irá redefinir as eleições de 2028 e 2029 em Moçambique. O eleitorado será composto, em grande parte, por uma nova geração que não tem memória da guerra civil nem ligação emocional com a luta de libertação.

A projeção indica que as "crianças" nascidas entre 2010 e 2011, que votarão pela primeira vez, e o grupo mais vasto de jovens entre 18 e 34 anos, constituirão metade de todo o eleitorado. Esta é uma geração que, segundo o documento, "já não se inspira na libertação e quer resultados imediatos".

Para os partidos tradicionais, como a Frelimo e a Renamo, este cenário representa um "verdadeiro teste de fogo". A sua retórica histórica, baseada no passado de guerra e na libertação, arrisca-se a ser ineficaz para um eleitorado pragmático e focado no presente, que exige soluções para o desemprego, educação e custo de vida.

O voto destes novos eleitores, "nascidos sem dívida com o passado", poderá penalizar severamente as formações políticas que não consigam "falar a sua língua". A questão central que se levanta é quem conseguirá captar a lealdade desta nova força demográfica que, inevitavelmente, decidirá o futuro político do país.

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