Dois cidadãos inocentes foram atingidos por disparos policiais em Massinga, província de Inhambane, durante a perseguição a uma viatura de transporte de passageiros (semi-colectivo).
O grave incidente ocorreu na Portagem de Malova, quando agentes policiais efetuaram tiros na tentativa de imobilizar o veículo que seguia no sentido Norte-Sul. Tragicamente, algumas balas acabaram por atingir dois ocupantes de um veículo que circulava em sentido contrário.
Morosidade na Investigação
O caso está sob investigação da Procuradoria Provincial da República em Inhambane (PGR), mas o porta-voz da instituição, Pompilo Wazanguiua, revelou que o processo enfrenta morosidade. O principal obstáculo é o paradeiro dos envolvidos.
Wazanguiua confirmou que as vítimas já prestaram declarações e que os três agentes envolvidos, membros da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), foram constituídos arguidos.
“Infelizmente, neste momento, eles já não se encontram na província de Inhambane, o que demanda esforços adicionais para realizar as audições. Temos esperança de que em breve este processo seja concluído”, afirmou o porta-voz.
O caso levanta sérias preocupações sobre os protocolos de condução das operações policiais e o uso de força letal em vias públicas, reforçando a necessidade de transparência e responsabilização. O porta-voz da PGR garantiu, no entanto, que as diligências necessárias estão a ser efetuadas para que os agentes sejam ouvidos em tribunal.
