Uma criança de 10 anos, identificada como Ana Manuel, conhecida carinhosamente por Aninha, foi brutalmente assassinada e enterrada numa machamba no distrito de Dondo, província de Sofala. O corpo da menor foi descoberto sete dias após o seu desaparecimento, em circunstâncias ainda por esclarecer.
Segundo a família, Aninha saiu de casa na tarde do dia 25 de Maio, acompanhada da irmã mais nova, de apenas três anos. A pequena voltou sozinha para casa algum tempo depois, sem dar qualquer informação sobre o paradeiro da irmã. Os pais, habituados às travessuras de Aninha, acreditaram inicialmente que ela teria ido visitar a avó sem avisar — algo que fazia com frequência.
Contudo, ao constatar que a menor não regressou nem apareceu na escola no dia seguinte, a família entrou em contacto com a avó e outros parentes, todos sem notícias da criança. Foi então que o alerta do desaparecimento foi dado e o caso reportado à Polícia.
A descoberta macabra deu-se na manhã de domingo, 1 de Junho, Dia Internacional da Criança. Um grupo de camponesas, ao passar por uma machamba localizada a cerca de cinco quilómetros da casa da vítima, notou o comportamento estranho de uma matilha de cães que tentava escavar um determinado ponto. Ao se aproximarem, as mulheres encontraram parte do corpo da menor exposto.
Sem informações do desaparecimento, as autoridades locais enterraram o corpo no cemitério da zona, sem identificá-lo. A notícia espalhou-se rapidamente, e a família, ao tomar conhecimento, dirigiu-se ao local. Na presença das autoridades, foi realizada uma nova exumação, e o corpo foi reconhecido como sendo de Aninha.
Por solicitação da família, foi realizado um terceiro e último funeral, desta vez num cemitério apropriado, onde a menina recebeu um sepultamento digno.
Até ao momento, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) ainda não identificou os autores do crime. O caso elevou para 11 o número de homicídios de mulheres registados em Sofala neste ano, incluindo dois que vitimaram menores. Em 2024, as autoridades já documentaram uma tendência preocupante, embora o número ainda esteja abaixo dos 18 casos registados em 2023 e dos 25 de 2022.
Este crime hediondo reacende o alarme sobre a segurança das crianças e a violência contra mulheres na província.
Fonte: STV
Categoria:
Sociedade e Criminalidade