Wilker Dias, conhecido ativista e crítico do sistema, foi mais uma vez contundente nas redes sociais. Em publicação no seu perfil do Twitter (Atual X), lamentou a demora no cumprimento dos acordos firmados:
"O indulto aos prisioneiros conforme foi prometido na assinatura dos acordos para quando será?", questionou.
Segundo a Ordem dos Advogados de Angola (OAA), ainda existem mais de 3.000 cidadãos detidos em diversas regiões do país, todos no âmbito das manifestações ocorridas nos últimos anos, sobretudo as ligadas a reivindicações políticas, sociais e económicas.
Apesar de declarações públicas de intenção por parte das autoridades e da expectativa gerada durante os diálogos de pacificação, muitos apontam o silêncio institucional como um sinal de desinteresse em resolver de forma definitiva o caso dos detidos.
Organizações da sociedade civil, incluindo grupos de apoio jurídico e familiares, têm intensificado a pressão por medidas concretas, lembrando que muitos dos detidos não foram sequer formalmente acusados, estando em situação de prisão preventiva prolongada.
"A nossa luta será mesmo", finalizou Wilker, num tom que traduz a persistência dos movimentos sociais que continuam a exigir justiça, liberdade e o cumprimento da palavra empenhada.
Até o momento, não houve posicionamento oficial recente por parte do governo sobre prazos ou medidas efetivas para o indulto prometido.