O moçambicano Dércio Alfazema defende que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve agir com mais firmeza no caso de Venâncio Mondlane, acusado de crimes como instigação ao terrorismo e incitação à violência. Para Alfazema, é inadmissível que o político continue com acesso irrestrito às redes sociais enquanto responde por crimes graves.
Segundo o Alfazema, a PGR deveria apreender os equipamentos usados por Mondlane para a divulgação das mensagens consideradas perigosas, incluindo telefones, computadores e câmeras.
“Não se pode permitir que um arguido com acusações desta natureza continue a disseminar conteúdos que podem agravar a situação ou destruir provas relevantes”, afirmou.
Alfazema foi mais longe e pediu a investigação de pessoas que supostamente auxiliavam Mondlane na produção e divulgação de conteúdos, além de alegados financiadores. Ele mencionou, sem apresentar provas, que haveria por trás do movimento “IPovo” uma estrutura de financiamento ilegal.
Outra crítica de Alfazema dirige-se ao fato de Mondlane continuar a sair do país livremente, mesmo com processos em curso.
“Não se compreende como alguém com este tipo de acusações ainda circula internacionalmente sem restrições”, destacou, apontando falhas no controlo judicial.
Para o ativista, o trabalho da PGR está ainda incompleto e precisa avançar com medidas mais enérgicas para garantir que a justiça seja efetivamente aplicada.