“Querem tirá-lo do caminho”: Nuvunga denuncia manobra política contra Venâncio Mondlane

 


O professor e ativista moçambicano Adriano Nuvunga considera que o processo judicial contra Venâncio Mondlane não é mais do que uma manobra política para o afastar das eleições gerais de 2028. Nuvunga, que também é diretor do Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), afirma que há um esforço deliberado para impedir o registo legal do novo partido político liderado por Mondlane, a Revolução Democrática (RD).
Adriano NUVUNGA - Presidente do CDD

“O verdadeiro terrorismo foi cometido por quem devia proteger os cidadãos”, declarou Nuvunga, sugerindo que o Estado está a instrumentalizar a justiça para silenciar opositores.

As declarações surgem após a formalização da acusação do Ministério Público contra Mondlane e outros dirigentes da oposição, no contexto das manifestações populares pós-eleitorais que abalaram Moçambique entre outubro de 2024 e março de 2025.

Para Nuvunga, este tipo de perseguição judicial é indicativo de um ambiente de repressão política e fragilidade institucional, onde as instituições do Estado são usadas para sufocar alternativas democráticas.

A opinião do académico tem eco em diversos setores da sociedade civil e de observadores internacionais, que já expressaram preocupação quanto à imparcialidade da justiça moçambicana e à escalada da repressão contra vozes críticas ao regime.

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