A recente declaração do secretário provincial da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional, Henriques Naweca — “Até Jesus voltar à terra, a Frelimo vai ficar no poder” — provocou forte repercussão e desconforto, especialmente entre a comunidade cristã.
A frase, proferida em resposta a questionamentos de jornalistas sobre a situação política do país, foi vista como ofensiva por fiéis e líderes religiosos, gerando críticas pela conotação religiosa associada à permanência da Frelimo no poder.
Diante da controvérsia, o governador de Nampula, Eduardo Abdula, assumiu esta quarta-feira um tom conciliador e, em nome da Frelimo, pediu desculpas à comunidade cristã. Ele apelou para que haja maior responsabilidade e cautela nas declarações feitas em eventos públicos, de forma a evitar interpretações que possam ferir sensibilidades religiosas ou políticas.
O caso expõe o impacto que declarações públicas de figuras ligadas ao partido no poder podem ter no debate político e na relação com comunidades religiosas, reforçando a necessidade de moderação no discurso político em Moçambique.
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Política e Sociedade