Líder da ACLIN diz que Frelimo só deixará o poder com a volta de Jesus e ataca Venâncio Mondlane


Durante um recente discurso em Nampula, o secretário provincial da ACLIN (Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional), Henriques Naweka, fez declarações polêmicas ao afirmar que a FRELIMO permanecerá no poder até a segunda vinda de Jesus Cristo.

“Enquanto Jesus não voltar pela segunda vez e com uma ordem de despejo celestial, a cadeira é da FRELIMO e ninguém os tira”, declarou.

Além da declaração de cunho religioso, Naweka atacou diretamente o político Venâncio Mondlane, a quem chamou de “pai das manifestações”. O dirigente da ACLIN foi mais longe, sugerindo que Mondlane estaria ideologicamente envolvido em protestos ocorridos em Angola, insinuando uma articulação transnacional de movimentos sociais.

As declarações causaram forte repercussão nas redes sociais, sendo vistas por muitos como uma tentativa de intimidar a oposição e de legitimar um poder perpétuo do partido no poder. Analistas políticos e ativistas democráticos apontam que discursos como este refletem uma visão autoritária e messiânica, incompatível com o espírito de alternância democrática.

Venâncio Mondlane, por sua vez, ainda não reagiu oficialmente, mas seus apoiadores consideraram a fala como uma demonstração de medo e desespero da Frelimo diante do crescimento da oposição.

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