O artista moçambicano Mwana Musik, conhecido pelo seu percurso no mundo das artes visuais, denunciou que nunca recebeu qualquer pagamento pela criação do logotipo da FRELIMO — Batuque e Maçaroca, concebido em 1991 e que se tornou um dos símbolos mais marcantes da organização política.
Segundo o próprio, a conceção do logotipo foi um trabalho criativo encomendado, mas até hoje não houve qualquer reconhecimento financeiro pelo seu contributo. O caso levanta questões sobre a valorização da propriedade intelectual em Moçambique e sobre a forma como artistas são tratados, mesmo quando suas obras adquirem forte peso histórico e político.
A denúncia de Mwana Musik reacende o debate em torno dos direitos autorais no país, numa altura em que muitos criadores continuam a enfrentar dificuldades para proteger e rentabilizar o fruto do seu trabalho.
Até ao momento, a FRELIMO não se pronunciou publicamente sobre as acusações feitas pelo artista.