Elias Dhlakama acusa Ossufo Momade de perseguição e revela tensão na liderança da Renamo

 O dirigente sénior da Renamo, Elias Dhlakama, lançou duras acusações contra o presidente do partido, Ossufo Momade, a quem responsabiliza por perseguições internas motivadas pelo receio de enfrentar um concorrente de peso nas próximas eleições internas da organização.



Em entrevista à TV Sucesso, Dhlakama afirmou que esta perseguição é antiga, alegando que Momade terá inclusive enviado combatentes para tentar assassiná-lo durante o período em que integrou as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). “Ele quando repara em Elias Dhlakama vê um fantasma, um fantasma que ele não quer dizer. A perseguição de Ossufo Momade não começa hoje. Mesmo quando eu estive nas FADM, já tentou me perseguir e mandar combatentes para me assassinar, assim como ao meu pai, em Nampula”, denunciou.


Segundo Elias Dhlakama, a estratégia de Momade passa por fomentar divisões internas para neutralizar a sua influência. “Ele tem medo de mim porque tenho aceitação no partido. Eu concorri duas vezes, e sempre fiquei em segundo lugar”, sublinhou.


O político rejeitou ainda acusações de que estaria a conspirar com antigos guerrilheiros da Renamo para forçar a saída de Ossufo Momade. “Não há razão para fazer isto. Eu não sou a pessoa indicada para fazer isto”, afirmou, frisando a honra e o legado da sua família no seio do partido, lembrando que “uma grande figura perdeu a vida defendendo a Renamo”.


As declarações de Elias Dhlakama expõem a crescente tensão interna na Renamo, que se prepara para um novo ciclo de eleições internas, num momento em que a sucessão na liderança volta a gerar divisões.

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