Aeroporto Filipe Nyusi: Um 'Elefante Branco' de 200 Mil Lugares com Apenas 5 Mil Passageiros em 3 Anos

 


Três anos após a sua inauguração, o Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi, localizado no distrito de Chongoene, em Gaza, está a ser classificado como inviável e como o segundo "elefante branco" aeroportuário de Moçambique. A alegação baseia-se em números de tráfego extremamente baixos que contrastam com a sua vasta capacidade.

De acordo com dados avançados pelo jornal @Verdade, a infraestrutura, projetada para receber 200 mil passageiros por ano, registou um movimento total de pouco mais de 5 mil passageiros desde a sua abertura, distribuídos por cerca de 500 voos. Estes números representam apenas uma fração mínima da capacidade instalada, levantando sérias questões sobre a sustentabilidade do projeto.


O aeroporto, inaugurado em novembro de 2021 com um custo estimado em 75 milhões de dólares, foi financiado através de um empréstimo da China. A baixíssima procura por voos para a região de Gaza coloca em dúvida o retorno do avultado investimento.

A designação de "segundo elefante branco" é uma referência ao Aeroporto Internacional de Nacala, em Nampula, o primeiro mega-projeto do género no país a registar uma subutilização crónica, alimentando o debate nacional sobre o planeamento e a viabilidade de grandes infraestruturas públicas.

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