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| Daniel Francisco Chapo - Presidente de Moçambique |
O Presidente da República, Daniel Chapo, lamentou e criticou abertamente, esta terça-feira, a existência de funcionários públicos que ativamente procuram ser colocados em setores específicos da Administração Pública, como Finanças ou Unidades de Aquisições, com o único propósito de obterem vantagens ilícitas.
Durante a abertura da Conferência Nacional sobre Combate à Corrupção, em Maputo, o Chefe de Estado usou uma linguagem popular para descrever o fenómeno. "Infelizmente, assistimos hoje a casos de funcionários que procuram ser afectos a determinados sectores apenas para tirar proveito pessoal. Ou seja, como dizem os meus irmãos mais novos, trabalhar num local onde não há nhonga, não há refresco, não há way, não vale a pena", afirmou Chapo, num evento organizado pela Procuradoria-Geral da República.
Apesar de reconhecer que ainda "existe um sentimento de impunidade que reina na sociedade", o Presidente reiterou o compromisso do seu Governo na luta contra este mal, garantindo que "quem cometer actos de corrupção será devidamente responsabilizado".
Para reverter o cenário, Chapo defendeu o reforço das instituições de fiscalização e justiça com mais autonomia e recursos. Mencionou ainda a criação de novas entidades como a Inspecção-Geral do Estado e a Central de Aquisições como exemplos de reformas estruturantes já em curso.
O Presidente concluiu apelando a uma frente unida, sublinhando que o combate à corrupção exige a cooperação entre o Estado, a sociedade civil e todos os cidadãos. "A luta contra a corrupção não pode ser conduzida de forma isolada. Todos devemos ser parte integrante da solução", finalizou.
