É oficial: Moçambique foi removido da Lista Cinzenta do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI/FATF). A decisão histórica foi ratificada esta sexta-feira, 24 de outubro, durante a sessão plenária da organização que decorre em Paris, França. O país estava sob vigilância reforçada desde 2022 devido a fragilidades no combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
A saída da lista resulta da avaliação positiva das profundas reformas implementadas pelo governo moçambicano nos últimos anos. Entre as medidas destacadas pelo GAFI estão o fortalecimento da supervisão financeira, a melhoria da coordenação entre as diferentes instituições do Estado e uma monitoria mais eficaz das Organizações Não-Governamentais (ONGs) e da sociedade civil.
A Ministra das Finanças, Carla Loveira, que chefia a delegação moçambicana em Paris, confirmou a notícia, citando o relatório favorável elaborado pelos especialistas do GAFI após a sua visita a Moçambique e a subsequente apreciação positiva pelo Grupo de Revisão da Cooperação Internacional (ICRG). Loveira sublinhou o "trabalho árduo" realizado a todos os níveis para executar o plano de ação acordado com o GAFI.
Esta decisão é vista como um marco crucial para Moçambique. Espera-se que a saída da Lista Cinzenta contribua significativamente para reduzir a perceção de risco financeiro associado ao país, reforçar a credibilidade dos mercados nacionais a nível internacional e, consequentemente, melhorar o ambiente de negócios e atrair mais investimento.