O presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha, figura agora na lista de testemunhas ouvidas pelo Ministério Público no processo judicial que envolve o político Venâncio Mondlane, acusado de cinco crimes, entre eles incitamento ao terrorismo. A informação surge no âmbito da instrução preparatória do processo n.º 773/11/P/2024-6ª “C”.
A mudança de papel de Forquilha — de aliado direto a testemunha no caso — levanta questões sobre a solidez das alianças políticas construídas desde 2021, quando, a 21 de agosto, o PODEMOS declarou publicamente o seu apoio a Mondlane. O anúncio aconteceu na vila da Manhiça, província de Maputo, após o Conselho Constitucional ter rejeitado a candidatura da Coligação Aliança Democrática (CAD) às eleições gerais de 2024.
Na ocasião, Forquilha afirmou: “Juntamo-nos à CAD e a Venâncio porque comungamos das mesmas ideologias, mesma missão de devolver ao povo o respeito pelos direitos civis dos moçambicanos.”
O PODEMOS, então um partido extraparlamentar, saltou para os holofotes nacionais com a candidatura de Mondlane, transformando-se na segunda força política mais votada do país. Hoje, o cenário político muda novamente, com o líder da mesma formação política a integrar a lista de colaboradores do Ministério Público num processo que poderá definir o futuro político de Mondlane.