A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, informou o presidente Donald Trump de que o seu nome surgia nos ficheiros relacionados ao caso Jeffrey Epstein. A revelação foi feita durante uma reunião realizada na primavera deste ano, na qual também participou o vice-procurador Todd Blanche, segundo informações do The New York Times.
Durante o encontro, Bondi e Blanche comunicaram ao presidente que seu nome, assim como o de outras figuras públicas, apareceu em documentos previamente não divulgados ligados à investigação sobre Epstein, o multimilionário condenado por crimes sexuais e que morreu sob custódia em 2019.
Fontes oficiais indicam que a procuradora-geral mantém encontros regulares com Trump para atualizá-lo sobre diferentes temas. Em fevereiro, num encontro anterior na Casa Branca, Bondi já teria entregue ao presidente uma série de dossiês com dados relacionados ao caso, incluindo referências à ex-mulher de Trump e à sua filha, Ivanka Trump.
Num comunicado conjunto, Bondi e Blanche afirmaram:
“No âmbito do nosso briefing de rotina, informámos o Presidente sobre os factos apurados. Nada nos documentos justificava a abertura de uma nova investigação ou ação judicial.”
O diretor de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, recusou comentar os detalhes da reunião, mas reagiu com firmeza às alegações:
“Trata-se de fake news. Trump expulsou Epstein do clube Mar-a-Lago por comportamento inapropriado.”
Segundo o Departamento de Justiça, é comum que altos responsáveis da Casa Branca sejam informados sobre o progresso de investigações sensíveis, como prevê a lei.
Apesar das menções ao seu nome nos novos documentos, fontes próximas da presidência afirmam que a equipa de Trump não está preocupada. Um colaborador, sob anonimato, sublinhou que o nome do presidente já havia sido mencionado anteriormente nos arquivos divulgados por Bondi, sem que isso implicasse qualquer acusação formal.
A proximidade passada entre Trump e Epstein tem sido foco de escrutínio da imprensa e de investigadores, embora até ao momento o ex-presidente não tenha sido acusado de qualquer crime relacionado ao caso.