Condenada por rapto após cair na armadilha da própria irmã

 


Aos 19 anos, Zefa Munguambe viu a sua vida mudar drasticamente ao ser envolvida num plano arquitetado pela própria irmã e o cunhado. Ingénua e sem desconfiar das intenções do casal, acabou usada como isca para o rapto da sobrinha, de apenas sete anos, o que lhe custou três anos de prisão na Cadeia Feminina de Ndhavela.


“Já não confio nem na minha própria sombra”, diz hoje Zefa, que carrega as marcas da experiência que transformou sua juventude numa dura lição.


Naquela tarde de domingo, a jovem decidiu visitar a irmã, como fazia com frequência. Mas, ao chegar, foi recebida apenas pelo cunhado. Pouco depois, ele pediu-lhe que fosse buscar a filha da irmã, sob o pretexto de que passaria a tarde com ela, ganharia roupas e seria devolvida à casa da avó.


Sem levantar suspeitas, Zefa cumpriu o pedido. Contudo, o que não sabia é que tudo fazia parte de um plano do casal para levar a criança para a África do Sul, onde também residiam. A armadilha foi descoberta e a jovem, mesmo sem ter noção plena do crime, acabou responsabilizada.


Quase dois anos atrás das grades moldaram a sua visão do mundo. Para Zefa, a maior dor não foi apenas a condenação, mas a consciência de que a traição veio de quem mais confiava – a própria irmã.

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