Moçambique está em alerta pelo desaparecimento de Sismo Eduardo, defensor dos direitos humanos, ativista social e presidente da organização Tribuna do Povo. Conhecido por ser um comunicador sem medo e sem censura, Sismo está incomunicável há mais de cinco dias, desde que saiu de casa na madrugada de segunda-feira.
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Ameaças e Pedido de Ajuda Desesperado
O desaparecimento levanta suspeitas graves. Sismo vinha denunciando perseguições, ameaças e chamadas de números privados que alertavam para um risco iminente.
O ativista Gamito dos Santos Carlos confirmou que a última comunicação ocorreu na noite de domingo, 23 de novembro, quando Sismo ligou a pedir ajuda, afirmando que sentia estar em perigo de vida. A Rádio Televisão Encontro, onde Sismo trabalha em Nampula, chegou a anunciar que ele estaria “em parte incerta” devido às ameaças.
O Padrão da Intimidação Política
A pergunta que a sociedade civil faz é: terá Sismo Eduardo sido sequestrado pelo regime? Sismo era conhecido por expor verdades duras sobre o sistema e por apontar o dedo às atrocidades do partido no poder. O seu desaparecimento encaixa-se num padrão preocupante de intimidação e silenciamento de vozes críticas, como foi observado em casos como o de Marisa Missa e outros jornalistas desaparecidos em Moçambique.
Face à gravidade da situação, Gamito dos Santos lançou o movimento "Alerta Laranja" e está a encaminhar o caso às autoridades. O país não pode permitir que esta história seja engolida pelo silêncio, exigindo transparência e que a liberdade de expressão não seja ameaçada.
